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Audácia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de abril de 2016 - 17:32

Na maior zebra dos estaduais até aqui, o Audax tirou o Corinthians, atual campeão brasileiro, do Paulistão, e decidirá o campeonato contra o Santos a partir do próximo domingo. Muito comentado, o estilo de jogo do time de Osasco já chamava atenção desde o ano passado, quando caiu nas quartas-de-final do Paulista com uma goleada por 4 a 0 do São Paulo. Esse ano, mantendo a mesma tática de manter a posse de bola, só sair tocando, sem chutões, de apenas tentar um lançamento quando houver espaço, o mesmo São Paulo, dessa vez, foi goleado: 4x1. E apesar de ter sido nos pênaltis, num jogo em que o próprio Audax poderia ter perdido, mesmo diante do campeão do Brasileirão, a equipe manteve a estratégia e conseguiu o que muitos achavam impossível. E apesar disso, desde o jogo do sábado passado, ouço de uma série de comentaristas renomados que a tática só dá certo por ser no Audax. Que em time grande, não só não daria certo, como não deveria nem ser implantada.

Mas por que não? Oras, vivemos num tempo onde clamamos por uma revolução na maneira de jogar dos times brasileiros, onde o mundo reclama que técnicos não têm tempo para implementar um trabalho, onde dizemos que mais vale o resultado do que a raiz do futebol brasileiro, que é o futebol bem jogado, pensando para dar show. E então se jogam todas essas críticas por água abaixo porque é o Audax, e não o Flamengo, ou Grêmio, ou Atlético-MG, ou qualquer outro grande nacional? Tenha dó! Num mundo onde um a zero é dar show, o Audax é uma dádiva, e um exemplo a ser seguido. Parabéns à diretoria pela ousadia de deixar o técnico Fernando Diniz no comando da equipe, e parabéns ao técnico por não mudar sua idéia de jogo por conta de um resultado ruim no ano passado. Independente de quem vá vencer o Campeonato Paulista, quem sai ganhando é definitivamente o time de Osasco.

Falando em show… - O Vasco passeou para cima do Flamengo, venceu por dois a zero, num verdadeiro baile de Riascos para cima de César Martins. O colombiano deixou o zagueirão do Fla (que entrou no lugar de Juan, suspenso) completamente perdido o jogo todo, com direito a deixar o jogador rubro-negro de bumbum no chão. Se é verdade que tanto César quanto Wallace (que fez gol contra) falharam nos gols do Vasco, também é verdade que não faltaram chances do Vasco fazer mais, o meio de campo do Flamengo não existiu, o ataque não funcionou de novo e os zagueiros ficaram totalmente desprotegidos. Isso tudo graças ao técnico Muricy Ramalho. Mesmo com estágio no Barcelona e tudo, o professor não aprendeu que time que tá ganhando não se mexe. Colocar Alan Patrick de volta no banco, depois desse jogador ter acertado o meio de campo do Flamengo só serviu para o torcedor lembrar como Gabriel é inoperante. Sem meio de campo, com laterais que subiam e não voltavam, sem cobertura para os zagueiros, e sem poder ofensivo (mesmo jogando com três atacantes) o Flamengo foi presa fácil para o bom time do Vasco. Parabéns ao Vasco, que agora luta pelo bi estadual!

Advinha contra quem? - Apesar de ter a vantagem de apenas empatar para se classificar, o Fluminense acabou derrotado pelo (ainda) surpreendente Botafogo de Ricardo Gomes, por um a zero, e ficou fora da final. E de forma justa. Desde o apito inicial o Fogão foi mais time: marcava pressão, saía em velocidade, com os dois laterais ao mesmo tempo, finalizava, forçava Cavalieri a fazer boas defesas, enfim, deixou o tricolor completamente perdido no campo de jogo. E se não bastasse isso, ainda perdeu com gol do garoto Ribamar, talvez a grande revelação do Carioca ao lado do também botafoguense Emerson: três gols como profissional, e os três contra o Flu. Mesmo com pressão do time das Laranjeiras no final, e com um homem a menos a partir dos 39 do segundo tempo, o Botafogo ainda conseguiu segurar a bola no campo de ataque por quase cinco minutos para garantir a vitória. O time ainda mostra limitações (apesar das chances criadas durante todo o jogo, foi mais uma vitória por um a zero com gol de bola parada) e precisa se reforçar para o Brasileiro, mas desde já, chegar a final do Carioca já é uma vitória e tanto para um time que chegou em 2016 sem base formada, e ainda com sérios problemas financeiros.

Voa Voa - Segue voando o Itaboraí. Com mais uma vitória sobre o Sampaio Corrêa, o Azulão chegou à final da Taça Santos Dumont, onde vai enfrentar o único time com campanha melhor que a sua na fase de classificação: o Nova Iguaçu, que também venceu seus dois jogos semifinais. Se vencer, o Itaboraí garante a classificação para o triangular final da Série B, contra o campeão da Taça Corcovado, e contra o time com a melhor campanha nas duas fase de classificação. O Nova Iguaçu terá a vantagem do empate.

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