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Deputado gonçalense é vítima de suposto ato racista em Aeroporto de Brasília

O parlamentar Prof. Josemar estava no distrito para participar de um Congresso do PSOL

relogio min de leitura | Escrito por Rafaela Marques | 02 de outubro de 2023 - 14:01
Josemar estava voltando ao Rio de Janeiro, depois de participar de um Congresso do PSOL em Brasília
Josemar estava voltando ao Rio de Janeiro, depois de participar de um Congresso do PSOL em Brasília -

O deputado estadual Prof. Josemar, do PSOL, alega ter sido vítima de um ato racista no Aeroporto de Brasília, enquanto retornava de um Congresso no último domingo (1). Segundo o parlamentar, ele foi abordado para uma revista “aleatória", em que a maioria das pessoas abordadas eram negras, e ao questionar o motivo, não obteve nenhuma resposta das autoridades.

Em suas redes sociais, Josemar, de 47 anos, compartilhou imagens do momento da abordagem, em que se recusa a ir para uma sala restrita, sem entender ao menos o motivo de estar sendo abordado. Para O SÃO GONÇALO, o deputado contou, em detalhes, como tudo aconteceu.

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Uma publicação compartilhada por Prof. Josemar (@profjosemarpsol)


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“Perguntei porque o procedimento estava acontecendo. Os seguranças disseram que não poderiam questionar e que eu deveria fazer [a revista] numa sala restrita. Abordei que não faria em nenhum espaço reservado, e eles então chamaram Policiais Federais, que ficaram com a arma em punho, como se estivessem atuando num conflito bélico.”, explicou o parlamentar, que também é professor de geografia.

O deputado então, continuou. “Queriam que apagasse a filmagem alegando que era proibido fazermos registros públicos. Não entregamos o celular, pois é um absurdo eles invadirem a nossa privacidade. Queriam nos impedir de seguir a nossa viagem com o argumento que estávamos violando a Resolução. Sabemos que resolução não é lei. E a mesma não proíbe que vídeos sejam feitos em aeroportos.”, disse.

De acordo com Josemar, os policiais federais agiram com deboche e de maneira autoritária ao tentarem impedir que a ação fosse gravada. Ele nega ter se recusado a fazer a revista, apenas solicitou que fosse onde estava, e não em uma sala reservada. 

“Este é mais um ato racista que revela a estrutura social brasileira preconceituosa. Os Policiais Federais tentaram debochar e, de forma autoritária, impedir a filmagem. Tentaram usar de falso poder para nos coibir. Não me recusei a fazer a revista, mas não iria fazer em local reservado. Além disso, questionei porque só negros e negras são abordados, o que gerou a ira dos representantes do Aeroporto, não enxergando a estrutura preconceituosa que estavam envolvidos.”, afirmou.

“Se tentaram fazer isto comigo, que sou Deputado Estadual, imagina como é diariamente com negros que passam por aquele espaço? Nada justifica a ação da Polícia Federal e nada justifica que não possamos questionar essa lógica racista.’, finalizou o deputado Prof. Josemar, eleito em 2022.

Segundo o parlamentar, uma denúncia será encaminhada ao Congresso Nacional, e uma resposta formal será cobrada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre o procedimento.

Sob supervisão de Marcela Freitas*

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