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Casal de brasileiros é agredido por grupo de jovens em Portugal

Bruno e Kayque acreditam terem sido vítimas de homofobia, xenofobia e racismo; Casal também relata falta de ação por parte da polícia portuguesa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 01 de janeiro de 2024 - 11:35
Bruno e Kayque contam que não querem mais ficar em Portugal
Bruno e Kayque contam que não querem mais ficar em Portugal -

Um casal de brasileiros foi agredido por um grupo de 10 jovens portugueses na madrugada do último sábado (30) na cidade de Vila Nova de Gaia, região metropolitana do Porto, em Portugal.

Bruno Cesar Alves Marcelino, de 31 anos, e Kaique dos Santos Soares, de 23, foram agredidos com socos e pontapés no caminho de casa após saírem de uma festa brasileira no Porto de Gaia.

Os dois estão morando em Portugal há dois meses. Bruno é empresário e doutorando em estudos sociais de Europa e América Latina, e decidiu se mudar com o companheiro, que é cozinheiro e estudante de gastronomia, para abrir uma startup de divulgação científica.


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No sábado (30), enquanto caminhavam de mãos dadas, eles foram abordados por um grupo de jovens e um deles pediu 10 euros (cerca de R$ 53). Diante da negativa, o jovem desferiu um soco contra o rosto de Bruno, que tentou fugir, mas foi agarrado pela roupa.

“A gente tentou correr para não apanhar, mas me puxaram. Caí e começaram a me dar pontapés e socos. Meu companheiro voltou para me ajudar e três pessoas começaram a bater no rosto dele. Só pararam porque um deles falou para parar, porque viu que ia ficar grave e a gente poderia morrer. Ele nos mandou correr”, contou Bruno.

Parte do grupo ainda foi atrás dos dois, mas eles se esconderam em um canteiro de flores a um quarteirão de onde foram agredidos. Bruno ligou para o serviço de emergência de Portugal e pediu ajuda médica e policial, mas apenas uma ambulância foi encaminhada em um primeiro momento.

Só depois que um português que estava na varanda de seu apartamento ligou para a polícia, que policiais foram ao local. Bruno relata que os policiais perguntavam a todo momento se eles haviam sido roubados, e pareciam não acreditar no relato dos dois.

“Eu disse que os caras estavam parados ali, e eles diziam que a gente tinha que descrever cada um deles. Quando começaram a fugir, porque viram a gente apontando, eu me exaltei e falei: ‘Vocês vão deixar os caras que nos agrediram fugirem na nossa frente?’, e só então eles foram atrás e pegaram quatro pessoas”, contou.

Os dois foram encaminhados a um hospital e não tiveram ferimentos graves. Até o momento, Bruno conta que eles não sabem se a ocorrência foi registrada ou não, porque a polícia não entrou em contato. “Pegaram nossos dados pessoais, mas não sei o que fizeram”, disse.

Bruno e Kayque contam que não querem mais ficar em Portugal e pretendem ir para outro país da Europa concluir os planos de abrir uma startup, estudar alemão e inglês. “Quero seguir a vida em outro lugar. Portugal não é seguro para a gente”, relatou Bruno.

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