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Fingindo ser policial, miliciano participava de operações no Rio de Janeiro

Segundo o Ministério Público, acusado ficou cerca de dois anos repassando informações para a milícia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de abril de 2024 - 22:47
Conhecido como "Russo", Luiz Ricardo Barreira da Cruz fingia ser policial para repassar informações para a milícia
Conhecido como "Russo", Luiz Ricardo Barreira da Cruz fingia ser policial para repassar informações para a milícia -

O Ministério Público Estadual investigou, durante 2021 e 2023, que um homem, identificado como Luiz Ricardo Barreira da Cruz, conhecido como Russo, se passava por Policial Civil no Rio de Janeiro. Luiz Ricardo participava de operações policiais, com uniforme e distintivo da Polícia Civil, além de reuniões sobre investigações mais sensíveis.

Luiz Ricardo foi alvo de uma operação do MP do Rio de Janeiro na quinta-feira (25/04). A ação mirava milicianos com ligações ao "Bonde do Zinho", que atua na Zona Oeste. Russo não foi encontrado e está foragido. O MP ainda apontou que Luiz Ricardo era pago pela milícia para repassar informações de dentro da Polícia Civil. Ele foi denunciado por usurpação de função pública, organização criminosa, tráfico de armas e lavagem de dinheiro. A Justiça Estadual analisará a denúncia.

Em conversas reveladas através da quebra de sigilo telefônico de Luiz Ricardo, foi possível descobrir que o miliciano fazia buscas no sistema da Polícia, usando a senha de outro policial, para fornecer dados aos criminosos. Russo chegou a informar ao miliciano Wagner Evaristo, conhecido como Playboy, que o carro que rondava sua casa era da Delegacia de Polícia Judiciária Militar do RJ, que investiga policiais envolvidos com crimes.

Os investigadores apontaram ainda que, em 2017, Luiz Ricardo Barreira da Cruz foi preso, pela Polícia Civil (corporação da qual fingiu fazer parte quatro anos depois) por suspeita de assassinar um mecânico em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Em nota, o Ministério Público afirmou:“Salta aos olhos o absurdo de um indivíduo preso cinco anos antes pela mesma Polícia Civil, estar participando de reuniões do GIC [Grupo de Investigações Complementares] para contribuir com ideias, se utilizar de viaturas como se policial fosse e ainda ter acesso a informações sigilosas para repassar aos milicianos.”


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